segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Nostalgia

Enquanto a multidão inteira esbravejava
Fiz-te a jura mais silenciosa
Levei-te em meus ombros em um ultimo romance
E tu gritavas um outro nome!
E as frases vibrantes na noite ao luar te fizeram ainda mais bela,
Pois quando senti as tuas lagrimas em meu rosto
Percebi que não eram minhas, nem em meu nome.
Lucidez de um momento, um segundo de prazer horas de arrependimento;
Porém, fez-se em mim um céu pra te levar sem esforço
E era do paraíso meu lugar de repouso!
E de Ícaro veio-me a sentença
A mão que teimava em puxar-me, a cera que não sustentou o sonho
De volta aos mortais e as tochas empunhadas contra mim
De volta ao real, me perdi sem começo ou fim!
Difícil olhar desejoso a imagem alada, pois um dia...
Historia de um velho livro recontado nas paginas da vida.
E tu de sorriso sereno, ao céu me excita
Mas sou humano e não sei voar
Sou humano, e tudo se faz imperfeito em meu peito
Humano!
Perdi minha identidade retornando ao meu recanto
Vi-me sem saber o que ou porque, mas pra que respostas?
E encontrei-me nos dias mais solitários
E te chamar pra dançar ou criar um filho, já não me era impossível;
Minha vida é o caminho, não a chegada
E me ver por ai, sem rumo,
E me ver por ai!
Porém sou humano, e tudo se faz em dor
Sem poder matar meu próprio eu, te fiz promessas irrelevantes
Fiz-te me ver e você se assustou, mas ainda esta aqui
Ainda continuas aqui!
E de todos seus amigos, pra mim você ligou, pra contar da vida ou apenas não
Pra mim ligou e não importava o porquê, em mim você pensou!
E tudo se fez no passado, pois o hoje ainda será escrito.