segunda-feira, 29 de março de 2010

De uma noite para o dia

A porta se abre abruptamente, o casal entra rompendo o silencio que deixava a casa com um ar de terror; os sussurros que transformavam a atmosfera do quarto e traziam um leve sorriso no rosto de ambos, beijos estalavam ao som de uma leve musica ao fundo, coldplay eu acho!
Os segundos agora eram atemporais, poderiam dura uma eternidade de um beijo ou a rapidez de uma descoberta e outra; as mãos e os braços se misturavam e se separavam buscando uma forma de prazer ou novidades; tato, pele, suor e tudo decorria entoados com juras eternas de amor. A cama e os lençóis passaram a ser detalhes a muito esquecidos, os leves tremores de prazer dela os deixa mais excitado e seu corpo enrijece e isso a faz suspirar, nesse embalo de prazeres mútuos fez-se a noite banhada ao luar um som harmonioso e singelo transpassava aqueles dois amantes e era mais que humano busca a mais divina integração entre pessoas, os dois agora já eram um!
Suas bruscas tentativas de agradar a parceira o fizeram cansar, alias ambos estavam cansados agora! Eles queriam desesperadamente que o outro, ao amanhecer, dissesse que a noite foi maravilhosa e tudo valeria a pena só pelo fato de ver o sorriso do amando! O ato já ia ao fim, mas ainda restavam energias e ele percebeu um leve sorriso no rosto dela, penetrou-a e ela o sentira por inteiro e ficou maravilhada, nunca sentira antes tal sensação, ele já estava a explodir, mas tento dar mais prazer a ela, suas pernas entrelaçadas e relaçadas em uma posição tão juntos e tão unidos que era extraornariamente prazeroso, e tudo valeu a pena, os dois, já em uma velocidade maior, continuaram a relação indo e vindo, indo e vindo, indo e vindo... um gritinho de dor ou prazer e o gozo a afinal, a exaustão estava estampada no rosto dos dois, mas continuavam na mesma posição como se não mais pudessem se separar, ainda eram um, pelo menos até o fim da noite, pois o céu já estava a clarear e o sono veio insistente para encera e dar nova energia!
O dia já estava alto, a moça acordou com um barulho, não sabia o que era, mas não importava o seu amado irá protegê-la, passou o braço sobre o lugar que era pra está o rapaz e o nada a deixou frustrada e insegura, “homens são todos iguais mesmo e eu ainda tendo encontrar um diferente, impossível isso, sua burra!” pensou irada a moça; lentamente levantou fez sua higiene e vestiu sua camisa do The Spykes e uma calcinha limpa que estava jogada na gaveta, foi à cozinha, sua barriga insistia, e uma surpresa o café estava posto como nunca vira antes: pão, torradas, café, leite, havia até frutas e umas coisas que ela nem sabia o nome, mas o melhor estava a preparar ovos e bacon: o rapaz, parado vestido com o seu avental de cozinha a fez suspirar; ele virou-se e disse de forma cortez para que ela se sentasse e tomasse o café da manhã com ele, ela concedeu e presenteou-o com o mais belo sorriso matutino que ele já vira, e ela pensou que, talvez, dessa vez, ela tinha acertado e que esse é especial; o rapaz desconsertado pela beleza da moça pensou que era o homem mais sortudo do mundo e que era a mulher da sua vida!
O vento soprava lá fora, um agradável dia se fez e o casal, do apartamento dela, apreciavam seu desjejum com olhares de promessas e juras eternas, o sol brilha e trás a certeza de que amanhã aja o que for, ainda será amanhã!

De Yan, um romance, em conto, de uma noite para o dia!

Adeus

Está chovendo lagrimas alheias, em meu chão impuro, o céu negro esconde as verdades de nossa visão míope, acho que é meu coração que agora pulsa incrédulo em um Homem que segue passos incertos e vai longe agora. Quem sabe Cristo me dê serenidade e frieza pra ser eu mesmo nessas horas de terror interno?

Hoje, ao sair de casa, vi um mendigo morto na calçada e pensei que seria eu que teria o matado, talvez, se fossemos um pouco mais o menor seria visto não mais como ruim! O cotidiano é muito triste, vou sem saber ao certo, mas vou e vou com medo de ter medo, do que será esse temor? Na noite, em minha cama, solitário, pensei que fossemos iguais hoje, porem o erro é sempre meu e o seu sorriso sempre desconcerta minha cara de bobo. O que eu sou se resume ao agora e tudo que passou eu já fui!

Impunemente sigo o meu fracasso de caminhar esse caminho de espinhos venenosos, a luz talvez esteja no final, espero ser o fim, pois meus pés já não conseguem mais andar por esse campo fúnebre de batalhas épicas que é meu interior. O ponteiro insiste em badalar as horas que não correm, se arrastam contra minha vontade, horas malditas que vão e me deixam aqui sozinho de novo!

Realmente estou triste, mas não mais sinto vontade de rir ou sorrir de suas piadas repetidas e de seu ar de intelectual falso; sinto a vontade das lagrimas e dos gritos que circulam em minhas veias a contrair-me e exaltar-me, sinto essa vontade e me transformo em nada, e nada serei e nada será então. Minha mão nesse papel avulso segue e me corrompe, vai veloz e sem pensar, trás nessas linhas meu eu e não se assuste com esse falso poeta de escrita feia e sem brilho, esse é meu rosto realmente, essas são minhas lagrimas ao molhar essas letras, e essa é minha despedida de um velho ser que fui!

A arma está sobre a mesa, à coragem está brigando com a covardia, as ultimas perguntas e uma revisão geral, a certeza se materializa por completa linda e tentadora, o tremor do inevitável toma conta de mim, meu corpo se enrijece, o suor banha minha face medrosa, vai ser rápido, apontar, uma ultima respirada pra sentir o ar e... Bam!... Sinto meu corpo cair inerte no chão, deveria ter limpado melhor o chão, será que alguém escutou o barulho? Tanto faz, agora minha vista vermelho se apaga e... Dor... Não mais... É o fim!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Entre sol e lua ( Yan )

Na rua deserta e banhada pelo orvalho sereno da madrugada, vago silencioso em tropeços casuais; vi a fumaça da certeza embalar-me em pensamentos profundos, porem passageira de um trem que passa e leva velozmente meus impulsos de herói e minhas inúmeras revoluções cotidianas!

Meus erros são tão previsíveis, que pena, pois a noite continua bonita e eu, ao inverso, tento uma compreensão que me parece ainda bem longe. E o mundo segui e eu a perseguir; fazes-me um favor, deixe-me em minhas embriagues, só por hoje? Os devaneios meus que saem inexplicáveis, por vocês perdi o rumo do nada e segui firme ao desespero que é a razão!

Olhe lá amigo, veja aquele poeta ridículo que troca suas linhas estranhamente rimadas pela força impactante de um conto e se debulha em lágrimas em uma calçada qualquer por dor jamais tida, veja-o e aprenda logo que poetas são poetas e suas dores são nossas! Acho que vou parar de ser uma caricatura e buscar um outro motivo pra me enganar, afinal somos obrigados a mentir apenas pra não dizermos a verdade? Que estranho olhar e ver que a rua ainda vai e eu já não me ponho mais em pé, agora somos dois na calçada a ver a noite virar dia e as putas agora virarem moças bonitos depois, riremos de vocês com seus empregos e fardas manchadas de um suor derramado apenas por dinheiro, enquanto nós continuamos aqui, que engraçado pensar o que será do amanha e esquecer do hoje!

Então do vago farei o complexo e do seu nome lembrarei de manha, se a ressaca deixar! Meu bem não fique triste somos livres, eu mais do que você, pois nada tenho a perder, meus versos agora desperdiçados pela voz rouca de um garoto ao ouvido de sua bela companhia e décimas intenções sobre algo a mais me fazem ser ele. Não gosto do sono, pois já não tenho sonhos, então deixa colocar minha cabeça em teu colo e reinventar minhas linhas sussurradas ao teu ouvido e jurarás que são para você!

A lua e o sol agora brigam para ver quem está mais belo no céu! O raiar retoma em mim algo de um antigo e único amor que agora mora em mim e só. Em fim as lágrimas vieram a romper precipitadamente me rosto lívido do luar, em fim elas vieram para levar-me a ti, por favor, me deixem lá! Em fim a derrota virou uma verdade amarga e o inicio voltou a ser apenas um pressuposto do fim inevitável, eu ainda penso e sigo em busca, mas por hoje me deixe lá!

Dos gritos ao insano ( Yan )

Hoje deixei a beleza de ser único para ser feliz

E da calçada olhar a vida passar tão calma

Pensando que pra perder a tristeza basta sorrir

Mas errei em sentir e te deixar passar


Ate o ultimo grito de folia ou ao começo das lagrimas

Nas cinzas, os confetes no chão, arrastados pela chuva

Refletindo, sereno, o céu turvo e encharcado

Ao final, percebo que não é o sol, são teus olhos


Digno de pena, vago lento por entre esse vale negro

E vejo que é dentro deles que eu posso achar a luz

Mas eu perdi o norte e você também se foi

Talvez meu erro tenha sido ter medo do errado

E da falta de inocência fez-se os meus maus

Na noite vaga, de céu claro, ainda me dói


A rosa pisada no chão simboliza o fim do insano

E tudo volta ao normal, da ressaca a dor de cabeça

Os sonhos voltam a ser apenas sonhos

Continuo aqui, a olhar pra frente e ainda andando

Pois os passos na areia não são meus, mas me lembra

E me faz perguntar: o que agora somos?